terça-feira, janeiro 16, 2007

Lágrimas

Lágrimas escorrem-me pela face quando olho para a tua fotografia, lágrimas de alegria, lágrimas de saudade, por algo que desejo ardentemente, mas que por ironia não posso tocar ou beijar, sentir o seu aroma a alecrim, tocar nos seus belos cabelos castanhos, voando ao sabor do vento, a brisa que sopro cada vez que suspiro ao pensar em ti. Tempestades se formam dentro de mim, lágrimas que acompanham o que sinto, o desejo de te ter em meus braços. Olho ao meu redor, encontro de tudo um pouco, o que ambicionei durante anos e que agora vejo, de olhos molhados, que nada me diz, o vazio dentro de mim mantém-se com mil gentes num mundo que cabe na palma da mão, mas tu não, tu não estás presente, continuas ausente na minha vida, somente dando novas cada vez que a lua me sussurra ao ouvido palavras vindas de longe, dum paraíso inalcançável para mim, um lugar onde vivo contigo somente em sonho, onde sinto o teu toque suave de carmesim, o teu aroma doce como mel e onde bebo as tuas palavras, o elixir da minha vida, a minha razão de me manter sóbrio deste ópio que é a vida. Lágrimas e mais lágrimas me correm pela face quando me recordo do passado, das águas que correram ao longo do tempo, que me marcaram, tão fundo que por mais que raspe a pele do corpo não as consigo fazer desaparecer, marcas que vivem em mim, que me flagelam vezes sem parar, para me recordar do que fiz, e principalmente do que tive de sofrer para te poder conhecer, e finalmente compreender que é a ti que te quero, custe o que custar, são as lágrimas que escorrem, são as palavras que elas gritam dentro de mim!