sexta-feira, maio 30, 2008

Um Alfa depois de um Omega

Já lá vai algum tempo desde o meu ultimo parecer, pareceres correctos ou incorrectos, o julgo vai da consciência de cada um, certo foi que era para ser o meu ultimo “Ómega”. Mas verdade seja dita, por aqui se fazem ouvir vozes antes silenciadas pela sociedade, pelas gentes que a constituem. A sociedade assiste ao seu declínio, como uma planeia ao ver uma Ilíada retratada em teatro, impotentes de pôr em prática os seus julgos, ouvindo-se somente os seus hurros de insatisfação, muito desvanecidos quase imperceptíveis aos ouvidos de quem nos governa. É este o nosso dia a dia, o preço da matéria-prima, o ouro negro como lhe chamam, lá negro é ele, tem vindo a escurecer a nosso dia a dia e sem horizonte à vista, quem tem ainda se vai safando. Agora aqueles que não tem um meio de subsistência capaz de fazer face aos constantes aumentos a que assistimos, vêm-se cair num buraco sem fundo, cair numa desgraça ainda maior do que aquela em que vivem actualmente, trazendo mais crime à sociedade, aumentando o fosso entre quem tem e quem precisa de ter. Mas deixemo-nos de lamúrias e passemos ao que é importante, vemo-nos hoje perante uma vida de dificuldades, impostas por oportunistas que se aproveitam da impotência do povo em agir, de forma a aumentar os seus lucros, perante uma sociedade liderada por quem é incapaz de encontrar soluções rápidas e de dar a cara, não para contestações ou o atirar de carapuça entre lideres mas sim, confrontar a sociedade com a solução mais coerente e benéfica para todos nós. Quem tem poder, vê-se num patamar acima de todos, mas a verdade é que hoje em dia e num futuro mais próximo do que alguns poderão pensar, nem mesmo esses irão ser capazes de fugir ao que ai se avizinha, a escassez de materiais irá afectar toda a gente, e não nos esqueçamos de uma coisa, Jesus é filho de Deus e até mesmo ele, com todo o seu poder pereceu na cruz à mercê dos Romanos.
Meus senhores e minhas senhoras, se não tomamos medidas à altura dos problemas que nos assolam a todos, chegaremos a um ponto onde não teremos mesmo forma de voltar atrás e a nossa sobrevivência irá estar em risco. O que aqui digo não é novidade nenhuma, mas sim algo que passa na cabeça de todos!
E mais vos digo……. Mas não agora ;)

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Fim

Rápidamente sinto a frieza da vida a tomar conta de mim, sinto-me inerte, perdido entre constantes mudanças de humor, um cruzar de sensações, uma tentativa de fugir ao destino reservado para mim, algo que me acompanha desde o inicio e que me fará companhia em ómega, ómega, palavra simples mas com um sentido frio, temida por muitos senão mesmo por todos, eu temo, porque neste momento sinto que a vida foi curta e fui incapaz de realizar os mais secretos dos meus objectivos, não me sinto realizado como pensava que me viria a sentir, ah... a vida, a crua vida que vivi, tudo o que desejei e sonho continuar a viver em mundos alcançáveis somente em sonho, onde a lua na sua magnitude me olha com carinho e amor e me vai sussurrando palavras que bebo com tamanha ângustia, somente por saber que o fim está a vir!
Espero que tenham gostado do que tenho vindo a escrever, finalizo esta fase da minha vida com este a que dei o nome de Fim, muito próprio.
Obrigado!

terça-feira, janeiro 16, 2007

Lágrimas

Lágrimas escorrem-me pela face quando olho para a tua fotografia, lágrimas de alegria, lágrimas de saudade, por algo que desejo ardentemente, mas que por ironia não posso tocar ou beijar, sentir o seu aroma a alecrim, tocar nos seus belos cabelos castanhos, voando ao sabor do vento, a brisa que sopro cada vez que suspiro ao pensar em ti. Tempestades se formam dentro de mim, lágrimas que acompanham o que sinto, o desejo de te ter em meus braços. Olho ao meu redor, encontro de tudo um pouco, o que ambicionei durante anos e que agora vejo, de olhos molhados, que nada me diz, o vazio dentro de mim mantém-se com mil gentes num mundo que cabe na palma da mão, mas tu não, tu não estás presente, continuas ausente na minha vida, somente dando novas cada vez que a lua me sussurra ao ouvido palavras vindas de longe, dum paraíso inalcançável para mim, um lugar onde vivo contigo somente em sonho, onde sinto o teu toque suave de carmesim, o teu aroma doce como mel e onde bebo as tuas palavras, o elixir da minha vida, a minha razão de me manter sóbrio deste ópio que é a vida. Lágrimas e mais lágrimas me correm pela face quando me recordo do passado, das águas que correram ao longo do tempo, que me marcaram, tão fundo que por mais que raspe a pele do corpo não as consigo fazer desaparecer, marcas que vivem em mim, que me flagelam vezes sem parar, para me recordar do que fiz, e principalmente do que tive de sofrer para te poder conhecer, e finalmente compreender que é a ti que te quero, custe o que custar, são as lágrimas que escorrem, são as palavras que elas gritam dentro de mim!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Ironia

Acho que o titulo que dei a esta crónica, deveras adequado à vida. É incrivel que a vida nos pregue partidas nos momentos menos esperados. Acreditem porque é verdade! Podemos abranger todo e qualquer assunto, desde questões da sociedade em si, familia e principalmente os romances. Por alguma razão se diz que "Deus dá nozes a quem não tem dentes" ou não é verdade. É uma autêntica estupidez quando isso acontece. Será que não somos capazes de tomar consciência que andamos a mexer com os sentimentos das pessoas, com as suas perspectivas de vida, com os seus sonhos? Cada acção tem repercursões nas pessoas que se encontram à nossa volta, ou que fazem mesmo parte integrante do nosso seio familiar. Há dores que são piores que mil facadas, que deixam feridas que por vezes nunca saram, criando medos e desconfiânça nas pessoas lesadas. Isto somente trás mais dor, e principalmente, leva a que se percam oportunidades que nos batem à porta, mas que recusamos por medo ao desconhecido, ao sofrimento que dai pode advir. Tudo isto porque a vida é irónica, e acreditem que a minha tem sido bastante irónica nos últimos tempo, talvez até demais!

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Dor

Ah Dor, tu que me flagelas o coração vezes sem parar, espinho de rosa amada, amor, chama de Fénix que renasce vezes sem parar, chama que me consome por dentro e por fora, perco a razão, o sonho desvanece-se, parecendo inalcançável, parecendo? - Hum... não, cada vez o vejo mais longe;
Ah Dor, tu que me consomes, me levas o pensamento e a razão de viver, de amar… de ser amado, Ah… o sonho… a esperança de alguma vez sentir a felicidade à muito esperada, uma felicidade trocada pela tristeza que vive em mim e que se apodera da minha alma, esquartejando-a vezes sem parar, deixando-me perdido algures no limbo, as lágrimas que me correm pela face, trazidas pelo desespero, pela saudade, pela frustração, de ser quem sou e de não poder ser algo mais…alguém amado por quem se ama, pela rosa que cresce no meu jardim a que chamo coração;
Ah Dor, companheira nesta jornada a que chamo vida,
Ah vida, a dor que me consome vezes sem parar…

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ano Novo

Desperto da conversa ao ouvir o rebentar dos foguetes, dizendo-me que mais um ano se passou, acontecimentos, histórias, memórias, uma nova era se aproxima, mais linhas que se escrevem, o desenrolar de um filme, a que chamamos vida, mais e mais se aproxima, um inicio de vida para alguns, o resto para muitos, vejo o borbulhar do champanhe no meu copo que passa pela minha garganta enquanto fecho os olhos, tentando saborear o seu paladar, enquanto esqueço a vida por momentos, o que tem de bom e especialmente o que tem de dor, ah…, as doze passas que tenho na mão, as doze badaladas da meia-noite, dadas pelo relógio de cuco que vive suspenso na parede, um indício de esperança, mais uma forma que a vida tem construir sonhos vindos do nada, de motivar gentes e multidões, um desejo que se escolhe e que se diz bem baixinho, somente para o coração ouvir e recordar, pelo menos, durante os próximos tempos, até que a realidade nos acorde e nos obrigue a trabalhar, para que até os ínfimos desejos se concretizem, motivados pela vontade e pela esperança de algo melhor, bem pelo menos um ano novo, recém-nascido, melhor que os que passaram e que ficam na memória de todos.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Palavras que nunca te direi

Escrevo cartas, memórias, prosas e rimas, deixo-me levar pelo que sinto, pondo a mente inerte, sem raciocinio, os dedos deixam-se levar, a caneta escreve o que me vai no fundo do coração, sentimentos, alegrias, tristezas, segredos que guardo para mim entre grades e fechaduras, de chaves perdidas pelo tempo. Medos do quê? – Não sei, da verdade, da crua realidade que por vezes magoa mais do que sara, medo de enfrentar as dificuldades impostas pelo caminho que se tem de percorrer, das linhas da vida, enroladas como um novelo de lã, por vezes presa por nós, dados pelas acções, decisões tomadas sem pensar, ou porque pensamos em demasia. Segredos guardados, palavras escondidas, um puzzle de emoções, à espera de serem organizados, preenchidos por alguém, um alguém que guarda a chave à muito perdida, o segredo que abre a porta do coração, revelando o que lhe vai na alma.