quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ano Novo

Desperto da conversa ao ouvir o rebentar dos foguetes, dizendo-me que mais um ano se passou, acontecimentos, histórias, memórias, uma nova era se aproxima, mais linhas que se escrevem, o desenrolar de um filme, a que chamamos vida, mais e mais se aproxima, um inicio de vida para alguns, o resto para muitos, vejo o borbulhar do champanhe no meu copo que passa pela minha garganta enquanto fecho os olhos, tentando saborear o seu paladar, enquanto esqueço a vida por momentos, o que tem de bom e especialmente o que tem de dor, ah…, as doze passas que tenho na mão, as doze badaladas da meia-noite, dadas pelo relógio de cuco que vive suspenso na parede, um indício de esperança, mais uma forma que a vida tem construir sonhos vindos do nada, de motivar gentes e multidões, um desejo que se escolhe e que se diz bem baixinho, somente para o coração ouvir e recordar, pelo menos, durante os próximos tempos, até que a realidade nos acorde e nos obrigue a trabalhar, para que até os ínfimos desejos se concretizem, motivados pela vontade e pela esperança de algo melhor, bem pelo menos um ano novo, recém-nascido, melhor que os que passaram e que ficam na memória de todos.